quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Profissão Repórter

Essa palestra mostrou como é fazer o programa no seu dia a dia, que tem como segredo buscar boas histórias com personagens fortes, sempre com mais ação e menos falação. O repórter vive a reportagem ao invés de somente narrar, mostrando a realidade bruta pois, as entrevistas não são feitas diretamente. O som em outros programas está em off, mas neste, o barulho das coisas é essencial para transmitir a realidade e a naturalidade dos fatos.
Marcel nos disse que comunicação é sedução. No Profissão Repórter o público alvo é o máximo de pessoas que se pode atingir, desenvolvendo todo o drama no primeiro bloco e resolvendo a situação no segundo. Independente do tema, o que dá audiência é o fato da história ser bem contada e não o tema escolhido.
Quando começaram a falar sobre alguns programas, deu para deixar claro que um dos mais difíceis de se fazer foi o realizado em Foz do Iguaçu, cidade que tem o maior índice de homicídios em adolescentes no Brasil. A equipe acompanhou um jovem de 20 anos assassinado poucos instantes antes. A mãe do menino estava desesperada e o choro foi totalmente explícito. Era um rapaz usuário de droga mas que por outro lado era trabalhador. A repórter Mariane disse que foi muito complicado porque o momento era muito sofrido. O lado positivo foi a transmissão da emoção do profissional, porque muitas vezes o público acha que os repórteres não tem sentimentos e não se envolvem com as histórias. Mas o Marcel ainda acha que eles deveriam ter explorado mais essa sensibilidade na edição.
Obviamente, depois disso tudo ficamos nos perguntando quais eram as experiências pessoais mais marcantes de cada um deles. Para a Mariane foram: a cena do velório do jovem; a briga entre casais (programa da semana que vem); e a noiva no carro (a noiva esqueceu a câmera e deu para filmar toda a adrenalina do momento). Já para Caio os programas "Círio de Nazaré" em Belém, o julgamento de 3 jovens e o primeiro programa (em um canavial) foram os mais marcantes.
Falaram um pouco também do planejamento deles e já se tem pautas previstas para até o fim do ano. As reuniões são feitas semanalmente para decidirem as pautas e independente da audiência, colocam um programa bom, afinal, existe a marca Profissão Repórter a ser prezada e a Rede Globo tem uma credibilidade que se deve preservar.
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